30.6.08

O poder da delicadeza




Cada dia que passa me rebelo mais e mais contra o feminismo e reconheço a força da delicadeza nas nossas vidas (não que sejam conceitos contraditórios, mas o feminismo, de certa forma, nos amputou a delicadeza, sob a alegação de que demonstraríamos fraqueza). É claro que o feminismo teve sua importância, cumpriu seu papel. Tanto cumpriu que não precisamos mais dele, meninas! Podemos e devemos assumir a nossa tão bem vinda feminilidade, nossa mais sutil delicadeza, nosso imensurável poder de compreender, solidarizar-se, ensinar, ouvir, tocar, emocionar-se. Chega de querermos ser o que não somos, o que não fomos, o que não seremos: tratores! Nós podemos e vamos ocupar todos os espaços onde ainda não estamos (se é que ainda existem...), mas, por favor, que não seja às custas da nossa essência, que não seja nos transformando em réplicas robotizadas e eficientes da forma mais fora de moda do sexo masculino... Ocupemos todos os espaços não pela identificação com os papéis masculinos, mas pela diversidade, com a sabedoria da delicadeza. E quanta sabedoria há na delicadeza! Quanta paciência para ouvir, quanta beleza ao falar, quanta vontade de agregar! Que motivadora é a delicadeza! Não a delicadeza frágil, claro que não. A delicadeza firme, a delicadeza generosa, a delicadeza inteligente, a delicadeza que tira de cada um o que cada um tem de melhor!

2 comentários:

::Pensamentos Efêmeros:: disse...

Pra mim, não há nada mais machista que o conceito de feminismo. O feminismo prega a igualdade dos sexos, a igualdade entre homem e mulher, enquanto machismo significa a negação à mulher dos direitos do homem.

Machista isso, né?

RoVianna disse...

Aí é que está, Isma!! Não somos iguais!
O melhor de tudo é isto: somos muitíssimo diferentes. Também estou meio cheinha de representar alguns papéis que não foram escritos pra mim. Na maioria das vezes opto por ser mais doce, compreensiva e delicada(inclusive sou acusada de "blazé"). Mas aí vem um ou uma "troglodita" e quer empurrar para soluções masculinas conhecidas. Vou ficando p... e acabo por patrolar.
Aprendi que ignorar certas coisas é melhor do que estressar com elas. Estou praticando ser absolutamente feminina, diferente de tudo.
Choro, menstruo e amo como se fossem as últimas coisas a fazer na vida!