Há certos momentos de total mudança a nossa volta. Cabe aos mais atentos respeitar o ritmo dos mais lentos, mas também posicioná-los sobre os fatos. Vejamos nosso caso de comunicação: a evolução da empresa, de total desconhecida e estrangeira no Estado, para oito anos de Top of Mind na categoria, deu-se por uma construção de relacionamentos de fora para dentro. Isto é fato.
Os primeiros anos precisaram ser dedicados a justificativas e esclarecimentos a respeito do negócio. Em Relações Públicas temos o quadro de evolução de Grunig e Hunt (1984) no qual esta fase das práticas da organização pode ser integrada como "imprensa/propaganda", usado para promoção de produtos e serviços. Perfect para uma nova empresa.
Ao longo do tempo foram necessárias novas estratégias de comunicação, passando pela base teórica "de informação pública", na qual as informações foram disseminadas mais amplamente, através do projeto Estação Verão, principalmente. A seguir veio a fase da comunicação "assimétrica de duas mãos", quando começamos a abrir espaços de diálogo com a comunidade e os clientes, mas ainda falávamos mais do que eles, buscando feedback para melhorar os serviços pela Ouvidoria.
Novo século, novas demandas. Atualmente a sociedade nos exige estar no modelo de comunicação "simétrico de duas mãos", ouvindo mais do que falando e praticando o que escutamos. Com a Agência Reguladora, os clientes e os acionistas cada dia mais dentro do negócio, é preciso uma postura abertíssima a consolidação de relacionamentos verdadeiros e duradouros. Itens que não constavam em algumas cartilhas do século XX.
Falta algo? Of course, honey!
Neste modelo ideal de comunicação, o conteúdo interno, a formação e acompanhamento da cultura organizacional são questões fundamentais. Dá pra imaginar uma empresa com imagem sólida e sem identidade? Costumo comparar as fases anteriores a um belo ovo decorado, mas sem nada dentro. Quebra fácil. Qualquer boato de mercado ou mesmo interno pode terminar com a reputação construída em anos. Por isso a mudança se fez necessária.
Nosso papel hoje e cada vez mais será o de apoiar o desenvolvimento de uma estrutura sólida, com a comunicação fluindo em todos os sentidos. E é isto mesmo o que vamos fazer. Quem não entender está fora do tempo e do espaço.
2 comentários:
Bela "posicionada", Rô.
Amei o texto. Também acredito que a comunicação cumpre seu papel em uma instituição quando vai além de ferramentas ou modelos pré-estabelecidos, e consegeue ser elo, ser canal mediador das circunstâncias que envolvem o clima organizacional. Show!
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