
Cada dia que passa me rebelo mais e mais contra o feminismo e reconheço a força da delicadeza nas nossas vidas (não que sejam conceitos contraditórios, mas o feminismo, de certa forma, nos amputou a delicadeza, sob a alegação de que demonstraríamos fraqueza). É claro que o feminismo teve sua importância, cumpriu seu papel. Tanto cumpriu que não precisamos mais dele, meninas! Podemos e devemos assumir a nossa tão bem vinda feminilidade, nossa mais sutil delicadeza, nosso imensurável poder de compreender, solidarizar-se, ensinar, ouvir, tocar, emocionar-se. Chega de querermos ser o que não somos, o que não fomos, o que não seremos: tratores! Nós podemos e vamos ocupar todos os espaços onde ainda não estamos (se é que ainda existem...), mas, por favor, que não seja às custas da nossa essência, que não seja nos transformando em réplicas robotizadas e eficientes da forma mais fora de moda do sexo masculino... Ocupemos todos os espaços não pela identificação com os papéis masculinos, mas pela diversidade, com a sabedoria da delicadeza. E quanta sabedoria há na delicadeza! Quanta paciência para ouvir, quanta beleza ao falar, quanta vontade de agregar! Que motivadora é a delicadeza! Não a delicadeza frágil, claro que não. A delicadeza firme, a delicadeza generosa, a delicadeza inteligente, a delicadeza que tira de cada um o que cada um tem de melhor!