2.10.06

Gerenciamento de crise


Em meio a eleição nos deparamos com o maior acidente aéreo do país envolvendo um avião da Gol.
O que mais me chamou atenção foi o gerenciamento que a empresa está dando ao caso. O famoso gerenciamento de crise que ninguém quer por em prática.
A empresa confirmou rapidamente o desaparecimento da aeronave, reuniu os familiares das vítimas em hotéis em Brasília, RJ e Manaus, evitando assim informações desencontradas. O presidente da empresa deu uma entrevista coletiva informando oficialmente a situação e deixou o trabalho pesado para a FAB e as equipes de resgate.
Achei muito bom. Nesses momentos que a situação foge do controle da empresa resta amparar os familiares e informar a imprensa antes que você vire o réu da situação. Sem esquecer, é claro, que fatalidades acontecem em qualquer lugar e a qualquer momento.

2 comentários:

Dani Cidade disse...

Também atentei para isso e me coloquei no lugar do pessoal de Comunicação da GOL. Também acredito que eles foram muito bem... colocaram no site informações atualizadas a todo o momento e a lista completa dos passageiros, poucas horas depois do desaparecimento do avião. É isso aí... não tem como escapar da crise, mas tem como manter uma postura aberta e franca, demonstrando esforço mesmo quando a situação foge completamente ao controle.

Juliana disse...

Aproveitando o gancho...achei interessante postar esta matéria que foi publicada no site da Ulbra.


Aline da Silva Gil

Administrar uma situação adversa não é tarefa fácil para qualquer profissional. Pensando nisso, a formanda em Relações Públicas, Aline da Silva Gil, escolheu o Caso do Vôo 402, da TAM, como tema de sua monografia. A importância do profissional de RP no gerenciamento de crise foi o alvo do estudo da aluna, que lhe rendeu não só a nota máxima como também, a apresentação no maior congresso de comunicação do País, o Intercom, que ocorre em Brasília na semana que vem.

O Vôo 402 foi uma das piores tragédias da aviação mundial. No dia 31 de outubro de 1996, vinte e cinco segundos após ter decolado, o Fokker-100 da TAM caiu matando 99 pessoas na região central de São Paulo. Na época, a companhia área não contava com um plano para gerenciamento de crises. “Apesar disso, a situação foi bem conduzida pelo diretor de marketing da empresa”, explica Aline.

Na ocasião, as primeiras ações da TAM foram encontrar as caixas pretas das aeronaves, entrar em contato com as famílias das vítimas, manter os demais vôos em operação, auxiliar na remoção dos corpos e organizar uma coletiva de imprensa o mais rápido possível. Na opinião de Aline, é fundamental estar prevenido para uma catástrofe. “Tudo é previsível, inclusive um acidente como esses”, explica. Segundo ela, as grandes companhias internacionais possuem manuais de procedimento para sinistros dessa natureza. No episódio em questão, a TAM recebeu da American Airlines toda a consultoria nesse sentido.

RUMO AO INTERCOM - Depois da nota máxima e do incentivo do orientador, professor Fernando Noronha, Aline resolveu inscrever a sua monografia no XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (INTERCOM), que ocorre em Brasília, de 6 a 9 de setembro. Como o assunto é de grande interesse, a organização do evento reservou um espaço na agenda do dia nove para ela apresentar o seu trabalho.

No futuro, Aline deseja continuar atuando com planejamento em comunicação. No momento, é gerente da farmácia de sua mãe e procura colocar em prática tudo o que aprendeu na ULBRA. O endomarketing é uma das ferramentas mais usadas. “Funcionário insatisfeito não traz resultados para a empresa”, comenta. A nota dez na monografia e a presença no INTERCOM permitem que Aline possa pensar em vôos mais altos como Relações Públicas, mas com os pés bem no chão.